Azealia Banks lançou sua nova mixtape Slay-Z, que recebeu o nome de seu alter-ego, para download gratuito no dia 24/03 depois do vazamento de duas músicas. Por conta do lançamento apressado, a mixtape acabou saindo desorganizada, com as faixas fora de ordem, uma inclusive não finalizada e principalmente sem a sua ousada capa.
Ela não está brincando de ser artista e provou novamente que pode cantar em qualquer gênero musical que ela quiser, desta vez trazendo um conteúdo mais eletrônico, principalmente EDM (Electronic Dance Music) e trap, entretanto sem perder suas raízes no house hip-hop e sua versatilidade única, tendo até faixas com elementos mais pop presentes. A rapper conseguiu encaixar sua voz e seu flow perfeitamente em todas as batidas, já podemos chamá-la de "voz camaleão". Ouça a mixtape com as músicas na ordem certa abaixo:
Riot contém a participação do duo de música eletrônica Nina Sky, que cantam o refrão da faixa. É algo diferente do que a Azealia costuma lançar, com vocais mais calmos e influências synthpop, a música é perfeita para relaxar, apesar da letra falar sobre iniciar um motim/tumulto.
Skylar Diggins, nome de uma jogadora americana de Basquete (que inclusive adorou a referência!), muda isso drasticamente. É uma música trap com letra e vocais bastante agressivos e fortes, uma das minhas favoritas.
Big Talk, colaboração com o rapper Rick Ross, é um dos destaques da mixtape, outro trap agressivo. A parte do Ross nesta música foi aproveitada do remix de Ice Princess que ele participaria, mas foi barrado pela gravadora. No entanto, conseguiu se encaixar perfeitamente nesta batida como se tivesse sido feita para ela. A parte da Azealia traz um dos seus melhores versos: "Black magic, David Blaine flow, Colour money like a rainbow [...] Black power but I'm no racist". Seu maior defeito é ser curta.
Can't Do It Like Me invoca a Banks mais louquinha com vocais brincalhões de Fuck Up The Fun e Barbie Shit. Esta foi uma das músicas que ela escreveu para a Rihanna, sem ofensas ao trabalho da Azealia mas percebemos porque a música foi rejeita, é uma das mais fraquinhas.
The Big Big Beat foi a primeira música divulgada do mixtape e é outro dos grandes destaques presentes nela. Azealia foi capaz de misturar House e Vogue em uma batida e fazer um rap por cima! Essa música é perfeita para dançar, não consigo ouví-la sem me imaginar fazendo uma coreografia com muito voguing. Ela conseguiu aproveitar muito bem a sua voz nesta faixa, fazendo a transição perfeita entre seus raps e seus vocais melódicos. Segundo ela, o clipe está a caminho! Só nos resta esperar.
Used To Being Alone é particularmente a minha faixa favorita. A cantora colocou todo o poder que sua voz tem em cima dessa batida eletrônica com uma letra emocional, coisa que não vemos sair dela com frequência. Mesmo sendo uma versão diferente da demo previamente liberada, infelizmente teve que sair incompleta devido ao lançamento antes da hora, mas não quer dizer que não tenha ficado maravilhosa não é?
Queen Of The Clubs é outra música eletrônica, dessa vez falando sobre como ela gosta de viver a vida de festeira. Sua letra não é uma das melhores, porém a música é divertida de se ouvir e fecha bem a mixtape.
Along The Coast está "de penetra" aqui, é uma música extra que estará no próximo trabalho da rapper, Fantasea II: The Second Wave e segue seu conceito sereia, esta faixa é mais tropical e tranquila, por isso é tão diferente das outras.
Conclusão: Slay-Z é uma festa, uma balada, uma rave de 8 músicas. Não teve a mesma profundidade e cuidado que os trabalhos anteriores da Azealia, mas não fica muito atrás apesar de ter algumas músicas bem fracas. Ela é com certeza a rapper mais versátil, uma das artistas mais talentosas da atualidade e merece mais destaque pelo seu talento que infelizmente é ofuscado pela perseguição que sofre da mídia. Esperamos ansiosamente pelo que ela está guardando para nós no futuro!
NOTA: 75
Skylar Diggins, nome de uma jogadora americana de Basquete (que inclusive adorou a referência!), muda isso drasticamente. É uma música trap com letra e vocais bastante agressivos e fortes, uma das minhas favoritas.
Big Talk, colaboração com o rapper Rick Ross, é um dos destaques da mixtape, outro trap agressivo. A parte do Ross nesta música foi aproveitada do remix de Ice Princess que ele participaria, mas foi barrado pela gravadora. No entanto, conseguiu se encaixar perfeitamente nesta batida como se tivesse sido feita para ela. A parte da Azealia traz um dos seus melhores versos: "Black magic, David Blaine flow, Colour money like a rainbow [...] Black power but I'm no racist". Seu maior defeito é ser curta.
Can't Do It Like Me invoca a Banks mais louquinha com vocais brincalhões de Fuck Up The Fun e Barbie Shit. Esta foi uma das músicas que ela escreveu para a Rihanna, sem ofensas ao trabalho da Azealia mas percebemos porque a música foi rejeita, é uma das mais fraquinhas.
The Big Big Beat foi a primeira música divulgada do mixtape e é outro dos grandes destaques presentes nela. Azealia foi capaz de misturar House e Vogue em uma batida e fazer um rap por cima! Essa música é perfeita para dançar, não consigo ouví-la sem me imaginar fazendo uma coreografia com muito voguing. Ela conseguiu aproveitar muito bem a sua voz nesta faixa, fazendo a transição perfeita entre seus raps e seus vocais melódicos. Segundo ela, o clipe está a caminho! Só nos resta esperar.
Used To Being Alone é particularmente a minha faixa favorita. A cantora colocou todo o poder que sua voz tem em cima dessa batida eletrônica com uma letra emocional, coisa que não vemos sair dela com frequência. Mesmo sendo uma versão diferente da demo previamente liberada, infelizmente teve que sair incompleta devido ao lançamento antes da hora, mas não quer dizer que não tenha ficado maravilhosa não é?
Queen Of The Clubs é outra música eletrônica, dessa vez falando sobre como ela gosta de viver a vida de festeira. Sua letra não é uma das melhores, porém a música é divertida de se ouvir e fecha bem a mixtape.
Along The Coast está "de penetra" aqui, é uma música extra que estará no próximo trabalho da rapper, Fantasea II: The Second Wave e segue seu conceito sereia, esta faixa é mais tropical e tranquila, por isso é tão diferente das outras.
Conclusão: Slay-Z é uma festa, uma balada, uma rave de 8 músicas. Não teve a mesma profundidade e cuidado que os trabalhos anteriores da Azealia, mas não fica muito atrás apesar de ter algumas músicas bem fracas. Ela é com certeza a rapper mais versátil, uma das artistas mais talentosas da atualidade e merece mais destaque pelo seu talento que infelizmente é ofuscado pela perseguição que sofre da mídia. Esperamos ansiosamente pelo que ela está guardando para nós no futuro!
Gostaria de agradecer ao fã que upou as músicas no soundcloud e à página Azealia Banks Brasil por algumas informações sobre as faixas. Essa foi a primeira de muitas resenhas que haverão no blog, o que acharam? Aceito sugestões de álbuns para resenhas, inclusive. Espero que tenham gostado.